Trilhos Pedestres Imperdíveis na Serra da Estrela
  /  Guarda   /  Trilhos Pedestres Imperdíveis na Serra da Estrela
Trilhos Pedestres na Serra da Estrela
© ospapatrilhos (Instagram)

Trilhos Pedestres Imperdíveis na Serra da Estrela

A Serra da Estrela, com as suas belezas naturais, as suas paisagens únicas, as suas quedas de água, as lagoas e muitos mais atributos, convida os visitantes a fazerem caminhadas para descobrirem os seus melhores segredos através dos trilhos pedestres imperdíveis na Serra da Estrela. Assim, foram traçados muitos trilhos pedestres para levarem a essa descoberta. Por conseguinte, essas rotas foram delineadas ao pormenor, de forma a passarem pelos locais de maior interesse, tanto natural como de património histórico ou construído.

São muitos os percursos pedestres, uns de dificuldade moderada, outros de dificuldade média ou alta. Mas vale a pena a pena sentir e viver a serra em todo o seu esplendor.

Parta à aventura e descubra os mais imperdíveis trilhos pedestres da Serra da Estrela:

  • Rota do Poço do Inferno
  • Rota do Glaciar
  • Rota do Maciço Central
  • Rota da Levada
  • Rota das Faias
  • Rota do Carvão
  • Rota do Covão dos Conchos
  • Rota do Vale de Rossim à Nave da Mestra

 

Rota do Poço do Inferno

A Rota do Poço do Inferno é um trilho pedestre circular, com cerca de 2,5 Km e apresenta uma dificuldade média.

Este percurso começa no parque de estacionamento do Poço do Inferno. Ao longo do trajeto, desfrutará de bonitas vistas para o Vale do Rio Zêzere e para o Vale da Ribeira de Leandres. No entanto, a cascata do Poço do Inferno é a mais privilegiada. Trata-se de uma queda de água, com cerca de 10 metros, considerada monumento geológico e um dos ex-libris da Serra da Estrela. Ainda mais, quando os invernos são muito rigorosos até a própria água da cascata se transforma em gelo, ocasionando um espetáculo imperdível.

Saliente-se que a paisagem que se pode contemplar é grandiosa. Além das várias espécies vegetais que abundam nesta região, contribuem, também, para o enriquecimento da paisagem os socalcos e as cortes de apoio aos pastores e à faina agrícola.

 

Rota do Glaciar

Este é um dos trilhos pedestres com cerca de 17,2 Km de distância e é de dificuldade média. Como se trata de um percurso linear, pode começar em qualquer uma das extremidades, ou junto à Igreja de São Pedro, em Manteigas, ou na Torre.

Com o rio Zêzere, sempre a acompanhar, o percurso faz-se sempre ao longo do Vale do Glaciar, até ao Covão d’Ametade. Também por aqui, as paisagens são de cortar a respiração. Mais ainda, mesmo no final do percurso, pode avistar as casas típicas da Vila de Manteigas, bem como os prados verdejantes e os rebanhos de ovelhas.

Apesar de ser um vale glaciar e, consequentemente, mais aberto, as encostas são muito íngremes e recheadas de formações graníticas e elevações. Assim, podemos dizer, sem reservas, que esta rota está recheada de maravilhas naturais, tais como o Covão do Ferro, o Cântaro Magro, o Cântaro Gordo, o Espinhaço do Cão, o Poio do Judeu, a Pedra do Equilíbrio, o Covão Cimeiro, a Barroca dos Teixos.

Sem dúvida, este trilho é de uma riqueza única, a nível de recursos naturais. Contudo engloba, também, locais emblemáticos, construídos pela mão humana . Assim, e entre muitos outros, destacamos o Abrigo dos pastores e o Fontanário, a Nave de Santo António, a Fonte da Jonja, próxima do Covão d´Ametade, o Bairro fabril, a Senhora da Boa Estrela e a Igreja de São Pedro, na Vila de Manteigas.

 

Rota do Maciço Central

Mais um dos trilhos pedestres considerado um dos mais belos da Serra da Estrela. É um trilho circular, acima dos 1400 metros, que se inicia junto ao cruzamento da estrada nacional para a Torre. No entanto, é aconselhável começar este trilho no Covão d´Ametade.

Apesar de não ser um percurso muito longo, é, no entanto, muito exigente, com grandes declives, ravinas, precipícios covões, morros gigantes, que obrigam a uma atenção redobrada. Por isso, a duração é longa e todos os passos exigem muito cuidado. Mas não se desiluda. As paisagens de que pode usufruir superam todas as contrariedades, como por exemplo o Covão d’ Ametade, o Covão Cimeiro, os Cântaros (Magro, Gordo e Raso), a Lagoa dos Cântaros, a Lagoa da Paixão e as Salgadeiras.

Não podemos, ainda, deixar de destacar a Torre que, com os seus 2000 metros e apropriadas infra-estruturas para a prática de desportos de inverno, é um lugar a não perder. Não é por acaso que este local da Serra da Estrela recebe, no inverno, inúmeros visitantes de todas as regiões do país.

 

Rota da Levada

O percurso começa na aldeia de xisto de Cabeça e ladeia a levada comunitária até à vila de Loriga.
Neste percurso, há muitos locais interessantes que merecem ser destacados, como o vale da Ribeira de Loriga, os moinhos de água, os afamados socalcos agrícolas de Loriga, o Poço da Broca de Serapitel, com a sua bela cascata de água transparente e as Marmitas de Gigante.

 

Rota das Faias

A Rota das Faias deve o seu nome ao facto deste ser um dos trilhos pedestres a se desenrolar através de uma densa floresta de faias, plantada pelos Serviços Florestais de Manteigas, nos inícios do século XX.

Tem o seu início na Cruz das Jugadas, a cerca de 7 km de Manteigas, e estende-se numa espessa floresta de faias. Não podemos propriamente dizer que é um percurso fácil, já que se desenvolve num piso de terra batida, com uma subida bem puxadinha. Além do mais, no final do trilho, é brindado com um autêntico caminho de cabras. Mas não desanime, porque o Vale Glaciar do Zêzere, a Torre, os Cântaros Magro e Gordo e as Penhas Douradas oferecem-lhe vistas deslumbrantes.

Vale a pena fazer esta rota em qualquer altura do ano. Contudo, a estação de eleição será sempre o outono, que oferece um cenário multicolor, matizado de tons avermelhados, alaranjados e amarelados.

A Rota das Faias dá-lhe a conhecer pequenos pormenores que o vão surpreender, desde a exuberante vegetação às bonitas paisagens embrenhadas de pastorícia e agricultura. Aliás, é vulgar poder interagir com os pastores que dirigem os seus rebanhos para os locais de pastoreio.
A Rota das Faias vai muito além de um percurso pedestre! É um momento sensitivo, onde os odores e as sensações visuais se misturam e se confundem.

 

Rota do Carvão

Começa na Vila de Manteigas e desenrola-se numa subida em ziguezague até ao Observatório Meteorológico das Penhas Douradas, passando pelos pinheiros do Oregon, Casa da Fraga, Miradouro do Fragão do Corvo, Seixo Branco, Vale das Éguas. Além disso, passa, também, por um dos locais mais emblemáticos da Serra da Estrela, a Nave da Mestra, um maciço granítico fraturado, onde se encontra a famosa Talisca ou Fenda da Mestra.

A paisagem natural, composta por bosques, matagais e florestas, bem como as esculturas naturais que sobressaem nas escarpas rochosas, como a Fraga da Cruz, o Fragão do Corvo e a Pedra Sobreposta, são um regalo para os olhos.

À Rota do Carvão está associada parte da história de Manteigas, principalmente no que se refere à pastorícia, ao centeio, à floresta e à produção de carvão para venda, sendo este produzido a partir da queima das raízes da urze.

Este belo percurso, atravessa as Penhas Douradas, uma pequena aldeia de montanha que se destacou por ser um centro de tratamento de doenças respiratórias e por albergar o Observatório Meteorológico das Penhas Douradas, com mais de um século de existência, destinado à monitorização das condições meteorológicas da região.

 

Rota do Covão dos Conchos

Esta caminhada tem início junto ao paredão da Lagoa Comprida. É um percurso linear, com cerca de 10 km, é de dificuldade baixa e desenvolve-se a uma altitude de 1500 metros.

O Covão dos Conchos tornou-se mais conhecido devido a umas filmagens, realizadas no local, que mostravam a água da lagoa a lançarem-se num gigantesco funil e a desaparecerem misteriosamente. Podemos dizer que este funil é uma espécie de túnel que transporta as águas recolhidas da Ribeira das Naves até à Lagoa Comprida. O túnel tem 48 metros de coroamento e 1519 metros de comprimento.

Este trilho é surpreendente, pois oferece aos caminheiros muitas das mais bonitas paisagens da Serra da Estrela, além da grandiosidade do próprio Covão dos Conchos.

 

Rota do Vale de Rossim à Nave da Mestra

Nave da Mestra, é um dos locais mais bonitos do maciço central do Parque Natural da Serra da Estrela.

Situa-se num vale glaciar, a cerca de 1650 metros de altitude, e só se consegue chegar lá através de uma caminhada. É atravessado por uma fenda, denominada Talisca da Mestra, onde sobressai um gigantesco bloco de granito.

São vários os trilhos que fazem chegar o visitante ao vale glaciar da Nave da Mestra, contudo optamos pelo que parte da Praia Fluvial do Vale de Rossim. Assim, terá de caminhar nas margens da Albufeira do Vale de Rossim, passar por Vale das Éguas e atravessar a conhecida Talisca da Mestra.

Ao fundo da Nave da Mestra, pode observar-se a depressão do Vale Glaciar e, à direita, o Covão d’ Ametade.

À Nave da Mestra também se chama Nave da Barca, devido à existência de um enorme penedo com a forma de um barco. Assim, a Nave da Mestra tem servido, ao longo dos tempos, como abrigo dos pastores e dos seus rebanhos. Atualmente também serve de abrigo aos caminhantes.

Visite os Passadiços do Mondego e aproveite para percorrer os mais bonitos trilhos do Parque Natural da Serra da Estrela.