Cidades da Serra da Estrela
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Cidades da Serra da Estrela
© Luís Pedro Frias

Cidades da Serra da Estrela

As cidades da Serra da Estrela oferecem inúmeros recursos ao visitante. Isto é, respira-se o ar leve, puro e saudável da montanha, bebe-se natureza, abraça-se um harmonioso património natural e cultural, prova-se uma gastronomia apaixonante! E ainda muito mais…

Covilhã, Seia, Gouveia Guarda são assim: únicas, diferentes, irresistíveis! Então, vamos descobrir o que de melhor estas cidades têm para nos oferecer.

 

Covilhã

A cidade da Covilhã fica na vertente sudeste da Serra da Estrela e o seu núcleo urbano estende-se entre os 450 e os 800 metros de altitude.

É uma das cidades mais relevantes da região. Por assim dizer, é considerada a cidade- porta da Serra da Estrela. Mais ainda, das cidades da Serra da Estrela é a mais próxima da Torre, o ponto mais alto de Portugal Continental. Além disso, aí nasceram alguns dos exploradores e descobridores, da época dos descobrimentos. Inclusivamente, o Infante D. Henrique recebeu o título de Senhor da Covilhã.

A Covilhã tem um centro histórico aliciante, com diversos pontos de interesse. Por isso, destacamos, entre outros, a antiga Judiaria, com ruas estreitas e janelas manuelinas, a Capela de Santa Cruz, a Capela de São Martinho, a Igreja de Santa Maria Maior, a Igreja da Nossa Senhora da Conceição, o Miradouro das Portas do Sol, o Jardim do Lago, o Museu de Arte Sacra e a imponente Praça do Município.  Além desses, há ainda dois edifícios que contribuíram para o conhecimento da cidade: a Universidade da Beira Interior e o Museu de Lanifícios, localizados na Real Fábrica de Panos.

Nos tempos da romanização da Península Ibérica, esta cidade foi um  castro proto-histórico, abrigo de pastores lusitanos e fortaleza romana, conhecida por Cava Juliana ou Silia Hermínia. Contudo, na Idade Média, era considerada uma das principais vilas do reino. Além disso, as muralhas do seu primitivo castelo foram mandadas construir por D. Sancho I. Porém, foi D. Dinis que mandou construir, mais tarde, as muralhas do bairro medieval das Portas do Sol.

Só a 20 de Outubro de 1870, a   Covilhã foi elevada a cidade, pelo Rei D. Luís I. Ou seja, recebeu essa designação por ser uma das vilas mais importantes do reino, devido à sua riqueza e à sua população.

As ribeiras Carpinteira e Degoldra, que descem da serra da Estrela, atravessam o centro urbano e estiveram na origem do seu desenvolvimento industrial. Isto é, eram elas as fornecedoras da energia hidráulica necessária ao trabalho fabril.

Atualmente, ainda existe um núcleo de arqueologia industrial, composto por diversos edifícios em ruínas. Assim, salientamos a fábrica-escola, fundada pelo Conde da Ericeira, em 1681, junto à ribeira Carpinteira e a Real Fábrica dos Panos, criada pelo Marquês de Pombal, em 1763, junto à ribeira Degoldra. Curiosamente, esta é, atualmente, a sede da Universidade da Beira Interior, onde se pode visitar o Museu de Lanifícios, tido como o melhor núcleo museológico desta indústria na Europa.

A Guarda, bem como toda a região envolvente, oferecem uma gastronomia rica, variada e apreciada em todo o país. Assim, destacamos o afamado Queijo da Serra, feito de leite de ovelha, o pão regional de centeio e os enchidos caseiros. Mais ainda, como pratos principais elegemos o cabrito assado, o ensopado de borrego,  a truta grelhada e a tradicional sopa de feijão encarnado.

Um estudo realizado em 2007, sobre a qualidade de vida nas cidades portuguesas, colocou a Covilhã na honrosa 14ª posição.

 

Seia

A cidade de Seia é mais uma das cidades da Serra da Estrela e está localizada na vertente ocidental desta, no distrito da Guarda, a 550 metros de altitude e é a segunda maior cidade do distrito. Mais ainda, é conhecida por ser uma das entradas para o Parque Natural da Serra da Estrela.

Para além do património natural, a cidade possui um rico e variado património cultural: a Igreja Matriz, a Igreja da Misericórdia, datada do século XVIII, a Capela do Santo Cristo do Calvário do século XVI, a Capela da Senhora do Espinheiro, a Capela de Nossa Senhora de LaSalete e a Capela de São Pedro. Também existe um Pelourinho.

É no município de Seia que fica o ponto mais elevado de Portugal Continental, a Torre, a 1993 metros de altitude, com uma crescente indústria turística, nomeadamente pistas de esqui para a prática de desportos de inverno. Por esta razão, Seia é muito procurada por gente de todo o país e até do estrangeiro.

Atualmente, é uma cidade desenvolvida e orgulhosa das suas tradições. Por outras palavras, aí encontramos os mais típicos pratos da gastronomia regional, assim como peças artesanais feitas manualmente, com produtos da região. Exemplos disso são a cestaria e os lanifícios. Ademais, não podemos esquecer o afamado Queijo da Serra, o mel e os sobejamente conhecidos enchidos regionais.

O clima de Seia é temperado, com temperaturas moderadas no Verão, mas muito baixas no Inverno, com queda de neve.

 

Gouveia

A cidade de Gouveia fica situada na encosta noroeste da Serra da Estrela, na província da Beira Alta, a cerca de 700 metros de altitude. Por isso, daí se observa uma paisagem magnífica, sobre o Vale do Mondego e toda a região envolvente.

A pastorícia e a transumância eram os aspetos económicos mais importantes da região. Assim, tornaram-se os fatores primordiais para o avanço da indústria dos lanifícios. Ainda mais, a indústria têxtil foi a impulsionadora do desenvolvimento da cidade, durante os séculos XIX e XX. Isto é, nos finais do séc. XIX, Gouveia era o sexto maior centro urbano de faturação industrial em Portugal.

A cidade pode orgulhar-se do seu património. O Bairro do Castelo é a principal zona histórica, com a sua traça medieval. Porém, Gouveia usufrui de diversos monumentos, solares, conventos, igrejas, donde destacamos a majestosa Igreja Matriz do século XVII, a Casa da Torre, com janelas de estilo manuelino, a Igreja de São Pedro, a Igreja da Misericórdia, datada do século XVIII, o Pelourinho, a Fonte de São Lázaro, de 1779, e o Solar Serpa Pimentel, do século XVIII.

Quanto a natureza, esta cidade, possui bons e bonitos espaços verdes e diversos locais de lazer, como o Parque Zoológico. De igual modo, salientamos o Monte Calvário, onde se encontra um templo setecentista e uma excelente paisagem, assim como o Miradouro do Paixotão, ou o histórico Convento de São Francisco.

 

Guarda

Guarda fica situada numa das encostas da Serra da Estrela, a 1056 metros de altitude. Por isso, é a mais alta cidade de Portugal,

Devido à sua situação geográfica, tem uns invernos muito rigorosos. Assim, é conhecida como uma das cidades mais frias de Portugal.

Também é conhecida como a cidade dos cinco F’s: Forte, Farta, Fria, Fiel e Formosa.  Forte, devido ao castelo e às muralhas; Farta, por causa da riqueza do vale do Mondego; Fria, pelos rígidos invernos; Fiel por ter sido fiel a Portugal em determinados acontecimentos históricos; Formosa, pela sua beleza natural.

Há vários pontos atrativos a visitar na cidade da Guarda:  a Sé Catedral, a Igreja da Misericórdia, em estilo barroco, o Pelourinho, a Igreja de São Vicente, o Jardim José Lemos, o antigo Rossio medieval, a Torre de Menagem do antigo castelo, a Capela de S. Pedro, o Convento de São Francisco, a Torre dos Ferreiros e a Judiaria. Sucintamente, a judiaria é um núcleo de ruas estreitas com casas que mantêm a traça original e onde se poderão encontrar símbolos gravados na pedra.

Como, na Idade Média, a cidade estava cercada de muralhas, havia umas entradas em pontos estratégicos que davam acesso a várias estradas da região. Exemplo disso, são a Porta da Erva ou Porta da Estrela e a Porta d’El Rei, com um arco ogival, em estilo gótico.

Da rica gastronomia da Guarda merecem destaque o Caldo de Grão, o Bacalhau à Lagareiro, o Cabrito Assado e o Arroz Doce.

Guarda possui bons acessos rodoviários, assim como ferroviários, o que permite, facilmente, a circulação de passageiros e mercadorias, tanto para dentro como para fora do país.

 

Os Passadiços do Mondego estão à sua espera! Mas as cidades da Serra da Estrela também têm muito para lhe oferecer! Visite-as!