Guarda – O Distrito e a Cidade
O Distrito
O distrito da Guarda situa-se na região centro-norte de Portugal e estende-se por catorze municípios.
É o sétimo maior distrito de Portugal e tem como sede a cidade com o mesmo nome.
Extenso e harmonioso, encerra um incalculável património cultural, natural e paisagístico, desde a Sé Catedral da cidade do mesmo nome, à Cascata do Caldeirão e aos Passadiços do Mondego!
Em toda a região, se notam vestígios do povo judeu. Os judeus eram um povo trabalhador e pronto a ajudar, e desempenhavam várias profissões: ferreiros, barbeiros, ourives, médicos, carpinteiros. Por haver várias comunidades judaicas neste distrito, em muitos lugares encontram-se judiarias (antigos bairros judaicos) e museus com espólio judaico. Ns própria cidade da Guarda encontra-se uma judiaria.
Assim, e porque é um distrito soberbo e brutal, não deixe de o percorrer de lés a lés e de se apaixonar pelos seus encantos. Um misto de exuberância, êxtase e contemplação farão parte da sua experiência!
A Cidade
A Guarda, com os seus1056m de altitude é a cidade mais alta de Portugall e está situada na região Centro e sub-região das Beiras e Serra da Estrela.
A cidade da Guarda sobressai pelo seu granito, pelo seu clima e pelo seu ar puro e frio favoráveis ao fabrico dos seus famosos queijos e enchidos.
Graças ao seu ar puro e saudável, a cidade conquistou o título de primeira “Cidade Bioclimática Ibérica”. Em tempos, existiu nesta cidade um sanatório para tratar da tuberculose.
A nível de infraestruturas rodoviárias, a Guarda está bem servida, com a A25, que a liga a Aveiro e ao Porto, bem como à fronteira espanhola, com ligação a Madrid; com a A23, que a liga a Lisboa e ao Sul de Portugal; com o IP2, que a liga a Trás-os-Montes e Alto Douro.
Também se encontra bem servida por caminhos de ferro, sendo de destacar as linhas da Beira Baixa e da Beira Alta, permitindo, esta última, a circulação de pessoas e mercadorias para o centro da Europa.
Altiva e bela, a cidade alberga inúmeros locais a desvendar. Então vamos á descoberta:
A Sé Catedral, de arquitectura românica, gótica e manuelina à qual foi atribuída a designação de Monumento Nacional. E faz jus a esta classificação! Considerada um dos maiores monumentos da arquitetura portuguesa, é o maior ícone da Cidade. A sua construção iniciou-se no século XIV, no reinado de D. João I e estendeu-se até a o século XVI, sendo rei de Portugal D. João III.
A Torre de Menagem, também conhecida como Castelo da Guarda, lá no topo da cidade, é um símbolo de defesa e da coragem dos seus habitantes. Daí se vislumbram paisagens de cortar a respiração.
A Judiaria, localizada mesmo junto às muralhas. A maior parte dos edifícios, com símbolos judaicos gravados nas pedras, data da Idade Média. Nas construções nota-se a existência de duas portas, uma mais estreita para a residência familiar que ficava no piso superior, e outra mais larga para acesso ao piso térreo, destinado ao comércio.
O Museu da Guarda, instalado no antigo Paço Episcopal, com um valiosíssimo espólio, principalmente nas áreas de arqueologia, pintura, escultura e armamento.
A Igreja da Misericórdia, uma obra de estilo barroco, com um brasão na parte superior do portal e com cantarias interiores e talhas primorosamente trabalhadas. Foi encomendada por D. João V, ostentando, no alto da sua fachada, um nicho com a imagem da Virgem da Misericórdia.
A Igreja de S. Vicente, de arquitetura semelhante à da Igreja da Misericórdia.
A Torre dos Ferreiros, bem conservada, é uma das portas da cidade medieval, inserida nas muralhas que serviam de defesa da cidade. Está classificada como Monumento Nacional.
E muitos mais há para descobrir, nesta cidade considerada uma das melhores para se viver.
Os Atributos
Deambulando pela cidade, nota-se um equilíbrio entre as peculiaridades do passado e as particularidades do presente. Muito há para ver e descobrir!
A cidade da Guarda, a mais alta de Portugal, é sobejamente conhecida por muitos dos seus atributos. Daí ser apelidada como a cidade dos 5 F’s: Forte, Fiel, Fria, Farta, Formosa. Forte, pela firmeza e rigidez do granito que predomina nas suas encostas. Fiel pela integridade e honestidade das suas gentes. Fria, pelo seu clima que lhe confere um manto branco no inverno. Farta, pela fertilidade dos seus vales, pelas correntes das suas águas e pela variada e rica gastronomia. Formosa, pelo seu majestoso património cultural, natural e paisagístico. Do património cultural, as próprias construções falam por si.
Dentro do património natural e paisagístico, merecem especial referência os Passadiços do Mondego.