Rio Mondego
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Rio Mondego

O Rio Mondego é o quinto maior rio de Portugal e o maior rio inteiramente português. Nasce em plena Serra da Estrela, num local conhecido por Mondeguinho, em Mangualde da Serra, no concelho de Gouveia, a uma altitude de cerca de 1525 metros. Tem um comprimento de, aproximadamente, 258 quilómetros.

Este rio de montanha e de forte ação erosiva percorre a Serra da Estrela de sudoeste para nordeste, atravessa três distritos e passa por povoações e cidades importantes como Penacova, Celorico, Nelas e Coimbra, desaguando no Oceano Atlântico, junto à cidade da Figueira da Foz.

Curiosamente, o Mondego corre, atualmente, num canal artificial desde Coimbra até à Figueira da Foz.

O trajeto do Rio Mondego é caraterizado por numerosos meandros encaixados no troço superior e intermédio. No entanto, já mais próximo de Coimbra, o rio inicia o seu curso inferior, de cerca de 40 quilómetros, e com um desnível de apenas 40 metros de altitude.

O rio Mondego tem como afluentes o rio Dão, o rio Ceira, o rio Arunca, o rio Pranto e o rio Alva.

A sua bacia hidrográfica, está localizada na Região Centro de Portugal e apresenta um clima mediterrânico que lhe confere um caudal alternado de cheias e de seca.

O Açude-Ponte de Coimbra, a 45 km da foz do rio, foi construído em 1981, precisamente para proteger em época de cheias, mas também para abastecer as habitações e para captação de água para a agricultura e para a indústria. No entanto, este e outros obstáculos mais pequenos que foram construídos trouxeram graves consequências para as espécies migradoras, uma vez que restringiam as suas deslocações e o acesso a áreas de reprodução e alimentação.

Entretanto, e para solucionar essa lacuna, foram construídas, nesses locais, passagens para os peixes.

As águas do Mondego têm diversificadas utilizações, sendo de grande e especial relevo para o desenvolvimento económico da região. É de realçar a utilização da água na agricultura, na produção de energia elétrica, na indústria e, também, para o abastecimento público em toda a bacia. O Mondego ocupa uma área de cerca de 6671 km2 e tem um caudal médio anual de cerca de 108.3 Mondego m3/s. Rio

A nível de biodiversidade, ao longo do rio Mondego podem-se observar várias espécies, sendo de destacar o flamingos, a cegonha, o pato-real, a garça-branca-pequena, a garça-real, o estorninho-malhado, a gaivota. No entanto, também é possível encontrar outras espécies. Relativamente à flora, é de salientar a existência de choupos, salgueiros, freixieiros, amieiros e nenúfares.

O rio Mondego serve de habitat a um conjunto de espécies, tais como a lampreia-marinha, o sável e a savelha, que são uma fonte de receita para a comunidade local.

Existe um conjunto de atividades e modalidades desportivas que costumam ser praticadas no rio Mondego. Assim, podemos destacar a vela, o remo, a canoagem e a moto náutica (neste caso, na Figueira da Foz).

Há quem acredite que as águas do Rio Mondego tenham poderes curativos para a pele e, por isso, são bastante procuradas para banhos termais, nas termas de Caldas de Figueira.

O percurso do rio Mondego é de uma magnitude e de uma beleza incomparáveis! É um privilégio poder usufruir das suas paisagens, das suas águas, e da sua sombra num qualquer dos pequenos parques de merendas, construídos a par com o rio.

Não será preciso explicar muito bem o porquê de se ter dado o nome “Passadiços do Mondego” às estruturas agora construídas. Ao longo de todo o percurso poderá usufruir da presença daquele que é o maior rio 100% português.